Desde 2001 o maior evento de fanfarronice esportiva do planeta tem acontecido todos os anos sem interrupção. A Copa ED sempre foi uma esculhambação, mas esse ano passamos do limite: quase que ela não acontece. Entretanto, para nossa alegria a décima quinta edição está confirmada para o dia 19 de dezembro.
A expressão empurrar com a barriga significa enrolar, postergar, adiar. Há vinte anos não era mais possível fazê-lo. O Fluminense iria completar uma década sem conquistas. Era urgente por um fim nisso.
Então, Renato Gaúcho resolveu desafiar a lógica. No Maracanã lotado, aos 42 minutos da etapa final, ele paradoxalmente empurrou com a barriga e parou de empurrar com a barriga. De uma maneira que um imortal da Academia Brasileira de Letras jamais conseguiria fazer, subverteu completamente o significado da expressão.
Se o paradoxo é uma figura de linguagem em que a conotação extrapola o senso comum e a lógica. Se no paradoxo proposições falsas, à luz do senso comum, tornam-se verdade poéticas, o gol de barriga deveria ser ensinado em todas as escolas nas aulas de literatura. E Renato Gaúcho deveria ser alçado à condição de grande poeta de nossa língua. Um poeta que escreveu uma de suas maiores poesias sem palavras.
Do vídeo é possível concluir - e isso todo mundo já sabia - que eu falo muito rápido e que minha dicção piorou muito depois que eu comecei a usar aparelho. Fora isso, achei que o vídeo resume e concatena bem o que eu penso sobre política industrial e o futuro do setor no Brasil. Sou suspeito para falar, mas acho que ficou bastante legal.
Acesse o link no próprio site do Instituto Millenium (Indústria em desvantagem) ou veja o vídeo direto do YouTube.
O IBRE ficou mais moderninho e agora também está na blogosfera. Está no ar o Libre Pensar (eu sei, o trocadilho funciona melhor em espanhol). Trata-se de um blog no qual os economistas do IBRE - e também alguns convidados - escrevem artigos curtos sobre os mais variados temas. Não por acaso, já foi devidamente incluído na lista de sugestões da casa, na barra lateral à direita.
Não deixem de visitar.
Começamos com força total, com várias postagens publicadas. A minha primeira postagem já está lá.
A Galinha dos Ovos de Ouro
A política industrial brasileira associada ao setor de petróleo e gás (P&G), em particular a política de conteúdo local, tem funcionado? A resposta depende de qual é a métrica de sucesso utilizada. Sim, ela tem sido bem sucedida em gerar empregos em determinados setores. Sim, ela revitalizou a indústria naval brasileira. No entanto, cabe outra pergunta. Esses benefícios são sustentáveis? Compensam os custos? Infelizmente a resposta é negativa nos dois casos.
Mais um artigo sobre a Petrobras. Dessa vez na revista Tópicos Petroguía, da Venezuela. O artigo saiu por agora, mas foi escrito em outubro do ano passado, então não contempla os acontecimentos mais recentes.
A imprensa fez uma cobertura legal do lançamento do livro Indústria e Desenvolvimento Produtivo no Brasil, do qual eu sou um dos organizadores. Na segunda-feira foi publicada uma matéria no Valor Econômico e hoje saiu uma entrevista minha no Brasil Econômico. Nos dois casos foi ressaltado que a intenção do livro é estabelecer um debate entre pesquisadores com diferentes visões sobre o tema. E esse não é apenas o objetivo do livro, mas também do Instituto Brasileiro de Economia: ser um espaço no qual as pessoas se sintam à vontade para expor e debater suas ideias.
Aos amigos de São Paulo: provavelmente também haverá um lançamento do livro por essas bandas.
Ano passado ajudei a organizar (com Nelson Barbosa, Nelson Marconi e Laura Carvalho) um seminário sobre indústria e política industrial, uma parceria entre o IBRE e a EESP. O objetivo era organizar um livro a partir do seminário. Pois bem, finalmente o livro saiu - meus agradecimentos especiais ao Cláudio Conceição, cujo empenho tornou isso possível - e já está disponível nas melhores livrarias do país (compre aqui). O lançamento será no dia 19/05, na Livraria da Travessa do Shopping Leblon. Estão todos convidados.
Descubra a minha resposta (mentira, ainda não tenho a resposta) lendo a postagem do amigo Fernando Dantas no seu ótimo blog sobre economia e finanças públicas.
Reportagem de agência de notícias chinesa sobre o mercado brasileiro de petróleo e oportunidades para empresas da China. Juro para vocês que as aspas são minhas mesmo.
Dire Straits foi provavelmente a minha banda preferida quando eu era (mais) jovem. Na adolescência eu tinha um vinil do álbum Money for Nothing que quase furou de tanto que eu escutei. Eram outros tempos e eu não tinha acesso a outros álbuns da banda, a não ser Brothers in Arms. Basicamente eu conhecia o repertório mais recente e pop deles, salvo algumas canções mais antigas do Money for Nothing. No entanto, sempre tive a sensação de que, do alto da minha ignorância, eu estava perdendo muita coisa.
Alguns anos mais tarde, já na faculdade, o primeiro dinheiro que ganhei como monitor de Cálculo II foi usado para comprar toda a discografia da banda. Escutei tudo de uma vez só, na ordem cronológica. E eu tinha razão quanto as minhas suspeitas. Os primeiros álbuns eram muito melhores do que o Brothers in Arms. E eu, que sempre havia achado que Your Latest Trick e Why Worry eram músicas chatas e melosas ao extremo, pude conhecer um lado do Dire Straits que até hoje me encanta. São essas músicas que eu ainda escuto.
Uma das minhas músicas preferidas é Wild West End. É curioso que um rapaz latino-americano e vindo do interior se identifique com uma canção que retrata o cotidiano de um jovem pelas ruas de Londres. É incrível como um relato absolutamente pessoal pode, ao mesmo tempo, ser universal. Por muitas vezes cantarolei essa música enquanto caminhava em Miguel Pereira pela Avenida César Lattes. Imagino que cada um de nós tenha sua Shaftesbury Avenue.
Recentemente pude visitar Londres pela primeira vez. E, como ando meio saudoso nos últimos tempos (deve ser a idade), me senti novamente com dezenove anos (como o personagem da música) ao visitar e caminhar pela verdadeira Shaftesbury Avenue, ver os teatros e cinemas, passear por Chinatown. Infelizmente não pude tomar um café no Angellucci's, nem comer algo no Barocco Bar, eles não existem mais. Mas, apesar do frio e da chuva, pude me sentir no paraíso, muito bem acompanhado por minha garota de sorriso fácil, caminhando pelas ruas (metaforicamente) selvagens do bairro West End.
Para quem não conhece e ficou curioso, seguem duas versões da música e, de lambuja, o show inteiro do qual a versão ao vivo foi retirada.
Wild West End - Versão de estúdio
Wild West End - Versão ao vivo no programa Rockpalast em 1979
- 10 dias de férias
- 8 horas de estudos por dia
- 1 pilha de livros
- 150 folhas
- duas caixas de grafite
- 1 borracha
Modo de Preparo
Misture as férias com as 8 horas de estudos por dia. Adicione as folhas, os grafites e a borracha aos poucos. Continue misturando e acrescente os livros à vontade.
A pilha de livros
Brincadeiras à parte, acabei de ser aprovado no concurso para professor adjunto da Uerj na área de teoria econômica. Quer dizer, ainda faltam o exame médico e a avaliação psicológica. No primeiro eu me garanto. No segundo, não sei. Mas creio que consigo convencê-los de que não sou muito maluco. Já tenho prática nisso.
Como devem imaginar, estou muito feliz com essa notícia. As últimas duas semanas foram de muito esforço, dedicação e estudo. A recompensa não poderia ter sido melhor. Que comece o ano.
A propósito, eu continuarei trabalhando na Fundação Getulio Vargas, pois a Uerj permite essa possibilidade.
Sou um rapaz latino-americano, sem parentes importantes e vindo do interior. Mas não apenas isso. Também sou tricolor de coração. Sou economista. Sou editor da RBAJTE - Revista Brasileira de Assuntos Jamais Tratados por Economistas. Sou vice-presidente-sênior da Leftlag Consulting Group - Making Money and Love Forever. Sou de Miguel Pereira, cidade do terceiro melhor clima do mundo (não, não sei e não me interessa saber os dois primeiros). Sou tricampeão da Copa ED. Sou epegeano. Sou Intocável. Sou goleiro de pelada. Sou pesquisador e professor. E agora, sinal dos tempos, também sou blogueiro.
Sobre o Blog
Este é um blog para falar das coisas que me cercam e como eu as enxergo, por isso o título ‘meu umbigo e arredores’. Muitas vezes os arredores do meu umbigo mal chegarão à esquina da minha rua, outras vezes alcançarão os confins do universo. É um blog sobre economia, sobre música, sobre futebol, sobre tudo que me interessa. Tudo sob um ponto de vista bastante particular: o meu.