segunda-feira, 17 de março de 2014

Pausa para propaganda

O problema do agente-principal talvez seja a principal dificuldade para o bom funcionamento das políticas públicas. Trocando em miúdos: o principal (a gente) precisa do governo e dos funcionários públicos (os agentes) para colocar em práticas políticas públicas que, a princípio, deveriam nos beneficiar. No entanto, nem sempre o cidadão é o agente principal dessa relação e os interesses dos agentes acabam se sobrepondo aos interesses do principal. Nesse caso, o principal agente deixa de ser a gente e passa a ser os governantes e os agentes envolvidos com a burocracia do governo. Sendo assim, o sucesso das políticas públicas usualmente dependem do alinhamento correto dos incentivos dos agentes, para que eles busquem atingir os interesses do principal, ou seja, da gente, e não seus próprios interesses. Em resumo, políticas públicas de qualidade dependem não somente de recursos públicos, mas também de um bom equacionamento do problema do agente-principal. E isso passa, entre outras coisas, pela avaliação objetiva e criteriosa dos resultados dessas políticas.

Bom, toda essa história é para dizer que a Joana Monteiro e a Luiza Niemeyer, minhas colegas aqui no Instituto Brasileiro de Economia da FGV, estão lançando O Agente Principal. Trata-se de um blog voltado para o debate de questões ligadas a políticas públicas. Os temas que elas pretendem abordar são super relevantes e as duas são craques. Imperdível! A propósito, já abriram com duas excelentes postagens sobre os resultados da política de pacificação das favelas no Rio de Janeiro. Leitura obrigatória.

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